Felipão na Seleção?

Bom dia! 

Espero que tenha dormido bem! Sonhos demais às vezes nos atrapalham, e acho que sonhei demais nesta noite. Já Felipão, este sim, teve uma péssima noite de sono, uma vez que fora demitido do Chealse! 

Após sete meses de trabalho,  ontem o técnico brasileiro de maior sucesso na Europa foi demitido oficialmente do Chealse. Por quê? Por falta de resultados, por jogos ruíns, principalemnte no último mês. Foram 24 vitórias, 12 derrrotas e alguns empates. Uma boa campanha no geral, mas fraca e decepcionante nos últimos 30 dias. Soma-se a isto a perda, para o Liverpool, de uma invencibilidade de mais de 4 anos em casa, nenhuma vitória nos clássicos da Premier League 2008-2009, e empates constantes com times pequenos no Stamfor Bridge. Portanto, uma demissão normal, certo? Errado!

Seria normal se fosse no Brasil, onde o treinador tem que fazer mágica, ou contratar muito bem, para que não venha cair no primeiro mês de trabalho. Lá demissões como a de Felipão causam espanto, e, como disseram alguns torcedores do Chealse, no site oficial do clube, fazem o time perder credibilidade. 

No Brasil, porém, o anormal é um técnico não cair em sete meses, como Muricy no São Paulo, Roth no Grêmio, e Wanderley no Palmeiras. Por aqui se demite após uma derrota num clássico. Se demite por achar que o treinador não tem experiência, mesmo se ele for responsável por excelente campanha, por fazer o time jogar bem, como foi o caso Marcio Bitencourt no Corínthians de 2005. Já na Europa a falta de bons resultados não significa necessariamente demissão. Que o diga o técnico do Manchester City, de Robinho. A poucos dias estava na zona de rebaixamento, e, mesmo sendo muito ruim, continuou. 

Felipão deve ter sofrido o mesmo que Wanderley no Real Madrid, apesar de que este não tinha tanto prestígio na Europa quanto o tem Scolari. Ou seja, na minha opinião Felipão caiu devido aos resultados, um pouco de preconceito, muita desconfiança, e a má vontade dos comandados. Isto foi algo claro para quem pode ver alguns jogos do Chealse no campeonato Inglês. Jogadores sem vontade, fazendo corpo mole, e encarando resultados ruíns como se fossem normais. 

O Certo, porém, é que a crise financeira chegou ao futebol, e está influenciando as ações (com duplo sentido) dos investidores; ou seja, resultados ruíns significa retornos ruíns, e não se pode dar mais tempo ao tempo, pois tempo é dinheiro. Desta forma chego a conclusão de que a Europa está se "abrasileirando" no futebol. Uma pena!

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SELEÇÃO BRASILEIRA

Se a demissão de Felipão tem em parte um ar de tristeza, tem também uma grande porção de esperança. Muitos torcedores, profissionais da crônica esportiva, entre outros tantos, estão pedindo aos céus que nenhuma outra equipe convide Felipe Scolari para trabalhar, Dunga perca uns jogos, e Felipão volte ao comando do Brasil. 

E isto já tem dado muita dor de cabeça em Dunga, o qual anda irritado com as especulações a respeito de Scolari fazer sombra sobre seu trabalho. Apesar de não achar que seja a melhor forma dele, Felipão, voltar (torcer contra o trabalho do atual técnico), é certo de que uma pulga foi posta atrás da orelha de Dunga (e que orelhão, não é mesmo?!). 

Tá certo que Dunga também tem um bom retrospecto na Seleção. Afinal, é o segundo na classificação para a Copa do Mundo, venceu mais do que perdeu, e no mais, todo treinador sofreu com as eliminatórias - Felipão inclusive foi muito questionado, e venceu o Mundial de 2002. Contra Dunga, porém, pesam duas coisas: 1) ele ainda não tem a experiência necessária. Não é um treinador completo, pronto para uma Copa. Felipão sim! 2) Ele é técnico no Brasil, e aqui resultados, jogos ruíns, e futebol "meia boca", derrubam treinadores nos times. E o jogo de hoje em Londres contra a Itália (às 17: 45 hrs) será o primeiro desta luta pela permanência no cargo. Um mal resultado contra a Itália pode com certeza aumentar as especulações e o coro de que Felipão precisa voltar, mesmo que uma possível derrota não seja por culpa somente de Dunga. Vamos esperar para ver.

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Bem, por hoje é só. "Inté manhã"!

Cleber Gouveia.