quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Acho que estava certo!

Bom dia!



Estamos numa quinta-feira que para muitos vem depois de uma noite de quarta-feira cheia de coisas, dentre as quais, queríamos não terem acontecido; uma delas o jogo da seleção.
Como vivo de escrever o que vejo no mundo do esporte, principalmente a paixão nacional chamada futebol, fui uns dos únicos vitoriosos na noite desta última quarta. Por quê? Simples: uma de minhas previsões aconteceu. O jogo foi feio, sem espaços (a seleção realmente não gosta quando tiram seus espaços, pois não sabe jogar sob forte marcação), e com certeza você, eu e milhões ficaram irados ao perceberem ter perdido tempo em frente a telinha ouvindo Galvão Bueno dizer o que todos viam: não conseguimos jogar contra a Bolívia.
É, a fraca Bolívia, última colocada das Eliminatórias Sul-Americana, mostrou-se um "osso duro de roer". Obedientes taticamente, os jogadores bolivianos escolheram o meio de campo para trás para jogar, e assim o fizeram. Marcaram muito bem! Contudo, por incrível que pareça, as melhores oportunidades no primeiro tempo, se é que foram tão oportunas, originaram-se do ataque boliviano com três chutes ao gol de Júlio Cesar. Já no segundo tempo, não houve tanta coisa assim, a não ser um time brasileiro novamente perdido taticamente, muito fechado no meio, com seus principais atletas fugindo do jogo.
Não é nem preciso dizer que o Brasil foi um time totalmente diferente do jogo contra o Chile. Não que tenha jogado demais no país de melhor economia da América do Sul (para ser claro, estou me referindo ao Chile). Mas lá houve vontade, objetividade. No Rio, no Engenhão, faltou engenharia para a equipe. Diego votou a ser cai-cai. Caiu demais! Ronaldinho aproveitou que joga fora da posição onde mais rende, no lado esquerdo do meio campo, e se escondeu atrás dos zagueiros. Quando tocou na bola, mostrou-se sem inspiração. Errou até as cobranças de falta e escanteios.
Robinho, ah!, o rei na barriga pesou! De tanto se achar o melhor virou medíocre. Sem suas fintas desconcertantes, e buscando o corpo dos jogadores adversários, ou o chão, repetiu hoje a atuação do segundo tempo contra o Chile. Aliás, bem que a Bolívia podia ser o Chile. Parece-me que só gostamos de jogar, atacar, fazer gols, contra o Chile. Bem, mas deixe pra lá. Afinal, o Chile é o Chile, e a Bolívia é... é o último colocado!
E Dunga? Bom, a torcida expressou o que eu e mais alguns brasileiros pensam: "adeus Dunga! Adeus, Dunga!". Só não sei se o Ricardo Teixeira ouviu. É, com certeza não (ah, como quero estar errado!). E o pior de se estar certo no que se fala ou se escreve, é ter o desprazer de ouvir as mesmas desculpas: "não jogamos bem!". Tá, e dai? Perdemos três pontos para a Bolívia! Ouviu bem (ou leu bem)? Para a Bolívia. E ainda teremos que jogar em La Paz. Haja "saco"!
Bom, de tudo que vimos hoje uma coisa fica certa: faltou público não somente pelo fato de se ter ingressos caros demais! Como já disse ontem, sempre foram caros para o bolso brasileiro (aliás, o que não é?). O Engenhão ficou vazio porque a Seleção, como atração, como espetáculo, já não vale o preço cobrado. Pagar 100, 300 reais para sair de casa, pegar um trânsito horrível e ver tudo menos futebol, e a falta de vontade de alguns atletas brasileiros? Só se for muito louco mesmo, ou não queira chegar em casa mais cedo por um motivo qualquer! Sem falar que pagar para sofrer é coisa de gente masoquista, e o povo brasileiro pode ser muita coisa (ingênuo, passivo com a corrupção de políticos, empresários e tal, o mais esperançoso do mundo, e etc, etc...), menos bobo'o (assim espero)! Se pelo menos fosse de graça.
A minha pergunta final de hoje é a seguinte: "será que a seleção terá público no próximo jogo?". Creio que sim! Principalmente se jogar umas 5 partidas maravilhosas, convincente, e o mesmo for realizado num lugar onde ela nunca fosse jogar caso estivesse bem. Tomara que não seja em Goiás, pois, se for, temo estar lá. Afinal, não vou perder a chance de chamar Dunga de bobo de tal perto, não é mesmo?
Gente, chega de falar da Seleção. Tenho mais o que fazer, e minha cama está pronta para aquele sono bem gostoso. E estou muito feliz! Aprendi a não permitir ser incomodado pelas péssimas atuações da Seleção. Se fosse o Flamengo ai seria diferente, bem diferente.
Inté mais daqui a pouco!
Cleber B. Gouveia.

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